Depois de se amarem, ficou acordada entre os lençóis, a sentir na pele o calor dos gestos e o eco suave dos segredos que tinham acabado de partilhar. O algodão guardava um perfume intenso, quase húmido, que lhe percorria o corpo e a fazia sentir-se inteira. Em vez de adormecer, deixava a mente voltar ao instante do toque, às carícias que lhe chegavam como a memória das ondas a refazerem-se na praia. Era um território novo, um desejo que se revelava devagar, percorria-lhe cada fronteira, levava-a na corrente, enquanto os lençóis se abriam como mar largo, derramando pelo chão um rasto de promessa e renascimento, cada vez que ele a amava.

Lemos e um arrepio(que não de frio) atravessa o corpo.
ResponderEliminarCada palavra é um borbulhar de sentires e desejos que se espalham na pele.
Simplesmente obrigado