quinta-feira, 25 de agosto de 2022

hoje penso nos poemas escondidos
nas madrugadas...
palavras que se perdem
no silêncio imenso
que guarda os amantes 
de mão dada

escrevo o teu retrato
nos dias que passam ausentes.



terça-feira, 16 de agosto de 2022

 depois de alguma ausência, o regresso



as manhãs não começam sozinhas,
há brumas suaves que correm
na aurora.

a noite despe-se
em noites
de uma só noite…

no reino do amanhã
calo-me…
regresso ao teu olhar,
escrevo a tua voz
e o corpo unge um papel velho
bordado a folhas húmidas
arrancadas pelo vento cínico.

cai a hora
e eu desenho palavras
para preencher a folha