sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

cruzo os braços sobre mim
sinto o peito aconchegado,
as mãos tocam o pescoço,
as minhas mãos,
o meu pescoço...

abraço-me,
não gosto de estar só.





sábado, 7 de fevereiro de 2015

poeta

despe-se o poeta
das palavras talhadas
em blocos de linhas imaginárias.

o cinzel desbrava as sílabas...

é manhã,
brilham ainda luares da noite mágica.
o poema solta o orvalho
e o teu corpo de mulher
deixa em mim o cheiro a terra molhada.