domingo, 25 de setembro de 2022

 

espreito a noite.

desenho riscos nas ruas da cidade
procurando afastar a dor que escondo
no olhar que vagueia pela neblina…

de mãos nuas
procuro a manhã,
a pele,
o teu corpo,
o sentimento…

e no silêncio que é este respirar-te
sopro-te a palavra
que mostra o amor sem freio
e o amanhã um outro dia.




terça-feira, 13 de setembro de 2022

 

a noite atravessa o medo.

escuto o som da chuva
na cama
como se a noite fosse prioridade absoluta…

olho os poemas em redor
e devagar adormeço
perdido nos caminhos da solidão…




domingo, 4 de setembro de 2022

o meu choro
perde-se na dor dos olhares esquecidos
e nos abraços sem contacto
dados nas madrugadas escuras.

olho a noite.

percorro os caminhos
na procura do teu nome
e das palavras perdidas…

escrevo silêncios.

de mãos vazias recolho a minha ausência
e escondo medos
como se o amanhã fosse um outro dia.