quinta-feira, 2 de dezembro de 2021


 

Rasgo-me na certeza

inquieta,

de que não regresses

dessa lonjura que me é partida, despedida.

 

E eu aqui, enraizada

calada,

sacudida pelas últimas palavras que me cantaste

numa música sem refrão.

 

Como se o sorriso bastasse,

enquanto te espero

de lábios prontos,

para o derradeiro beijo

de nem sim, nem não.

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