porque gosto deste texto e porque faz juz ao título do blogue aqui fica
Encontro-te
na soleira de madeira, talhada a cinzel de quereres que se estendem nas faldas
da serra que palmilhámos em noites de lua cheia. Recordo-me de ti na
transparência de um vestido leve que cai sobre o teu corpo de formas singelas
que o escultor elevou a deusa.
As palavras
que queríamos dizer ficaram para depois. Somente importava o olhar, o mesmo
olhar que te viu na pureza da luz cinza,
deitada na turfa verde de uma natureza que acolhe os corpos dos amantes.
Debruço-me
em ti e recolho o sabor do teu beijo. Esse beijo doce que deixas nos meus
lábios.
E é de novo
o olhar que chama os corpos, que se despem e se amam à luz prata do luar...
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